Culinária Típica

Compotas

A origem da compota remonta a tempos antigos, quando as estações do ano comandavam os ciclos agrícolas e as populações preparavam grandes quantidades de mantimentos para o inverno. Conservando a fruta em açúcar, era possível aproveitar a generosidade dos frutos do verão e do outono, para apreciar durante todo o ano. Feitas com frutas inteiras ou em pedaços, cozidas em calda de água e açúcar e aromatizada com especiarias ou mesmo bebidas alcoólicas. Entre os doces em compota mais encontrados no município de Caeté, estão: o mamão, a goiaba, o figo e a laranja da terra.

 

Doces

Preparados em tacho de cobre, no fogão a lenha, mexidos com colher de pau, os característicos doces de Caeté, perpetuam com receitas do período colonial, mantendo a autenticidade. Doces de “corte e colher”, derivados do leite e de frutas, como a bananada com açúcar mascavo, doce de leite, mamão, cidra, coco, batata doce, amendoim, entre outros. Também são produzidas iguarias bem curiosas como o queijão, doce elaborado a base de leite e ovo que antigamente era assado na forma de queijo.

Quitandas

Dizem que o mineiro conquista as pessoas pelo paladar. Afinal sua comida é uma mistura de sabores e tradição, transmitida de geração em geração. É na cozinha que a vida mineira revela suas variadas influências: africanas, portuguesas e indígenas. Mesa farta e cafés compostos por diversos tipos de biscoitos, bolos, queijos, defumados, geléias e muito mais. As quitadas mineiras preparadas com simplicidade pelas mucamas no fogão a lenha, ainda século XVIII, mantém até hoje em Caeté as mesmas características, onde podem ser encontrados biscoitos (de nata, polvilho, cristalizados, amendoim, limão), bolos (mesclado, laranja, limão), pães, roscas e broas com queijo.

Conservas

Na tentativa de resolver questões práticas do dia-a-dia de sua confeitaria, o Francês Nicolas Appert, no século XIX, teve a genial intuição de que se colocasse os alimentos em garrafas de vidro grossas com algum líquido, lacrando-os com rolha e cera e fervendo-os em banho-maria por um determinado período, conseguiria uma prolongação da vida de prateleira destes alimentos. Supôs que, como no vinho, a exposição ao ar estragava a comida. Assim, se colocada num recipiente que vedasse a entrada do ar, ficaria fresca e com boa qualidade. A técnica de preparo de conservas pode ser utilizada em diversos alimentos, entre os produtos mais encontrados em Caeté, estão: cenoura, cebola, alho, broto de bambu, batata e pimentão.

Bolinho de feijão

O bolinho de feijão tem origem africana, tendo entrado no Brasil pela Bahia, aonde, acompanhado de vatapá, tornou-se conhecido como acarajé. Em terras mineiras, a receita foi adaptada aos costumes e ingredientes locais. O dendê foi substituído pela banha de porco e o recheio de vatapá, que leva camarão, pode substituído por queijo minas ou não vir acompanhado de recheio. A massa é feita à base de feijão fradinho ou miúdo.

Queijão

Quando é explanado o nome Queijão, as pessoas logo assemelham a uma qualidade ou tipo de queijo ou até mesmo com relação a seu tamanho, porém o Queijão trata-se de um doce típico do distrito de Morro Vermelho que curiosamente não possui queijo em sua composição.
De acordo com populares, o doce antigamente era assado na forma de queijo, possuindo assim o mesmo formato e originando o nome dessa iguaria. Em seu preparo são gastos ovos e doce de leite, sua textura assemelha-se a de um pudim.